“Pede-se a uma criança: Desenha uma flor!
Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde
não há mais ninguém. Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas
numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas
mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas
que o papel quase não resistiu. Outras eram tão delicadas que apenas o peso do
lápis já era demais. Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma
flor! As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor!”
Almada
Negreiros
No seguimento do projeto
iniciado no ano letivo anterior – A minha terra:
passado e presente – e tendo em conta que houve alterações no corpo docente
da Escola Básica de S. Martinho das Amoreiras, adotou-se para este ano letivo o subtema “Vamos
desenhar a nossa terra: passado e presente”.
Na sua génese este projeto pretendeu fazer uma recolha
globalizante do património tradicional da região (danças, gastronomia, apanha
da azeitona, etc.).
Durante este ano letivo fizemos a transição
para o património edificado de S. Martinho das Amoreiras, antigo e recente, através
da recolha de fotografias das duas épocas, o passado e o presente, junto das famílias.
Surge, assim, o subtema “Vamos desenhar a nossa terra: passado e presente”,
onde procurámos ver a nossa terra pelos olhos das crianças, através dos seus
desenhos. Para isso foi feita uma seleção, junto com as crianças, do património
edificado que gostaríamos de desenhar. As crianças da Escola Básica de S.
Martinho das Amoreiras elaboraram vários desenhos à vista com recurso a várias
técnicas de expressão plástica (tinta da china, carvão, lápis, aguarela, etc.).
O culminar do projeto resultou numa exposição, aberta à comunidade escolar e
local, onde pudemos observar a localidade de S. Martinho das Amoreiras, através
de fotografias antigas, fotografias recentes e os desenhos à vista efetuados
pelas crianças.
Aqui fica o nosso trabalho...